Cipriano Correia nasceu em
Santana do Matos (RN) no dia 10 de outubro de 1945, filho de João Amaro Correia
e Isabel Correia.
De 1966 a 1971 cursou medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), em Natal. Durante esse período foi professor da Escola Técnica de
Comércio Alberto Maranhão (1966-1967), do Instituto Padre Miguelinho
(1968-1969), do Colégio Estadual do Ateneu Norte-Riograndense (1970). Em 1969
fez o curso de extensão universitária sobre esterilidade conjugal e, em 1972,
cursou patologia clínica da coluna lombar, atualização sobre fraturas,
intensivo teórico-prático de cirurgia da mão, sequelas da paralisia infantil e
medicina preventiva em ortopedia e traumatologia na Universidade de São Paulo
(USP). Em 1975, foi monitor do Instituto de Ciências Biológicas da UFRN
(1969-1970) e professor-adjunto da Faculdade de Medicina da UFRN (1975-1986).
Em 1976 presidiu o Hospital Instituto de Traumatologia e Ortopedia de Natal. No
ano seguinte cursou introdução à docência na UFRN.
Em 1982, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em
novembro de 1986, elegeu-se deputado estadual constituinte, assumindo o mandato
em fevereiro de 1987. Reelegeu-se em 1990 e tomou posse em fevereiro de 1991.
Deixou o PMDB em 1993 e ingressou nesse mesmo ano no Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB). Em outubro de 1994 elegeu-se deputado federal,
assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte.
Em 1995, durante o
processo de reforma constitucional proposto pelo governo federal, votou a favor
da quebra do monopólio dos governos estaduais na distribuição de gás
canalizado, da abertura da navegação de cabotagem à concorrência estrangeira,
da extinção do monopólio estatal nas telecomunicações, da quebra do monopólio
da Petrobras na exploração de petróleo e da revisão do conceito de empresa
nacional. Em novembro, votou a favor da prorrogação do Fundo Social de Emergência
(FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia ao
governo desvincular 20% da arrecadação de impostos, sem que estas verbas
ficassem obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação.
Em junho de 1996 votou a favor da criação da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF) — que substituiu o Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira (IPMF) — imposto de 0,2% sobre transações bancárias
criado como fonte complementar de recursos para a saúde.
Em janeiro e fevereiro de 1997, pronunciou-se a favor da emenda da reeleição
para prefeitos, governadores e presidente da República e, em novembro, votou a
favor da quebra da estabilidade do servidor público, item do projeto de reforma
administrativa que aprovou a demissão de servidores públicos por desempenho
insuficiente ou quando os gastos com pessoal superassem a 60% da arrecadação do
estado. Integrou a Comissão de Fiscalização e Controle. Foi também coordenador
da Subcomissão de Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social.
Licenciou-se para tratamento de saúde entre maio e setembro de 1998. Sua
cadeira foi ocupada pelo suplente João Faustino. Deixou a Câmara dos Deputados
em janeiro de 1999, ao final da legislatura, sem ter disputado a reeleição em
outubro do ano anterior.
Em
2002 candidatou-se deputado federal pelo PSDB, conquistando somente uma
suplência. Novamente filiado ao PMDB, transferiu-se para o município de Lagoa
Nova. Candidato a prefeito municipal em 2004, foi derrotado no pleito por Erivan
de Souza Costa, lançado pelo PFL.
Abandonando a vida pública, dedicou-se à administrar o Instituto de
Traumatologia e Ortopedia do Rio Grande do Norte Ltda. (Itorn). Em 2007,
Cipriano Correia apareceu nas páginas da Tribuna
do Norte, jornal de Natal, como um dos diretores do Itorn. Em 2009, passou
a diretoria do instituto com o médico Rogério Santos.
Casou-se com Ângela Maria Melo Correia com quem teve três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1991-1995); Diário
de Natal (18/7/06); Folha de S.
Paulo (31/1/95, 14/1/96); Tribuna
do Norte (28/8/07); TSE (Eleições
2002 e 2004)
FONTE - FGV